quarta-feira, maio 26, 2010

Onde Está Escrito?


"Onde está escrito que todo grande amor tem que estar limitado às lembranças?
Onde por favor estão escritas essas regras, essas leis?
Grandes amores só existem quando são vividos.
O bom passado é aquele que ainda é presente...dádiva.
Grandes amores não são para serem sonhados, são para se viver.
Se quer viver de sonhos...deita e dorme".

(Silvana Goretti)

sexta-feira, maio 14, 2010

Escolha: não tem preço


Há séculos a Sabedoria popular é repleta de ditados e aforismos que não levamos muito em conta, a não ser que passemos por alguma situação real que nos revele a veracidade deles. E o mais certo desses ditos é que nós, seres humanos, só somos capazes de valorizar determinadas coisas depois que as perdemos. No meu caso não cheguei a perder exatamente, mas há três meses atrás abri mão de minha profissão, meus clientes e minha paz de espírito pelo desejo de retornar ao mercado de trabalho formal. Nada poderia ser tão proveitoso quanto as lições que aprendi em virtude dessa decisão. Depois de trabalhar durante seis anos como profissional autônoma aprendi que trabalho formal não é e nunca será sinônimo de segurança ou estabilidade; que o fato de "trabalhar de carteira assinada" - sonho de milhões de brasileiros - faz de mim apenas mais um número na folha de pagamento do patrão; aprendi que nem sempre somos respeitados como seres humanos e que certas pessoas, por ocuparem cargos de chefia sentem-se no direito de olhar os subordinados de cima, como se estes não merecessem consideração e respeito. É claro que isso não é nenhuma novidade, desde que o mundo é mundo existe abuso de poder. Não é isso que me espanta. Mas o que não consigo compreender, o que não consigo digerir de forma alguma, é que em pleno século XXI, época em que discutimos tanto a ética, os direitos humanos, o respeito mútuo e tantos outros valores sonhados pela maioria da humanidade, acredito eu, ainda existam pessoas com ideias e atitudes tão pré-históricas, pautadas pela coação e assédio moral. Pobres coitados. Pessoas como essas são tão ridiculamente egocêntricas, tão desgraçadamente mimadas, que só me resta sentir pena. Um ser humano cuja vida é alicerçada exclusivamente nos bens que possui e em sua capacidade de coagir, é realmente um infeliz e pobre de espírito, pois se lhe faltam o poder econômico e o poder mandatário, não lhes resta mais nada na vida...
É claro que as melhores e maiores empresas da atualidade já atentaram para o fato de que o funcionário - colaborador,termo adotado por um bom número delas - produz melhor quando trabalha satisfeito, quando é reconhecido e valorizado e quando o ambiente de trabalho é agradável e respirável, diga-se de passagem. E eu, como sou claustrofóbica, escolhi continuar atuando em minha profissão, atendendo aos meus clientes, que sempre valorizaram e respeitaram como profissional e principalmente, como ser humano. ISSO NÃO TEM PREÇO. Voltei à minha atividade com outros olhos e com outra disposição e constatei, dessa forma, que verdadeiramente só somos capazes de dar o devido valor às coisas depois que as perdemos. Hoje completam-se 16 dias que voltei a respirar ar puro e retomei minha qualidade de vida. Nossos avós é que sabiam das coisas.