quarta-feira, outubro 21, 2009

Gratidão

Ontem finalmente concluí minha Iniciação Científica do CNPq com apresentação de trabalho no Seminário da faculdade. Para minha absoluta surpresa havia uma banca avaliadora, o que me deixou um pouco apreensiva no começo, mas depois encarei a pedreira com certa naturalidade.
A responsável pela banca, Profª titular da UERJ, avaliou nosso trabalho de forma extremamente positiva, o que culminou em um convite para integrar uma equipe de pesquisadores de um projeto do qual ela é responsável. Eu, que estou afastada da faculdade nesse semestre, não poderia receber presente melhor. Esse convite simplesmente me deu novo ânimo, me fez recuperar o entusiasmo pelo meu curso. É muito gratificante olhar para trás e lembrar que há um ano, quando tudo começou, eu estava completamente insegura, porque precisava trabalhar, dar conta de todas as responsabilidades da faculdade e ainda mostrar resultados da pesquisa. Foi uma experiência não apenas acadêmica, mas principalmente para a vida, porque precisei driblar diversos obstáculos e fazer escolhas difíceis durante a vigência da bolsa-auxílio. Mas todo o esforço valeu muitíssimo à pena, aprendi lições inestimáveis. Foi uma vivência tão enriquecedora que pretendo repeti-la outras vezes, tantas quantas forem possíveis e necessárias...
Me sinto muito grata por ter recebido essa oportunidade. Grata a Deus, porque me deu a vida, aos meus antepassados e aos meus pais, que me trouxeram ao mundo e me deram a possibilidade de vivenciar a maravilhosa aventura que é viver.
Depois de todas essas pessoas, que são as mais importantes para mim, quero agradecer muitíssimo ao meu querido amigo, companheiro e Mestre Frazão, que dentre uma centena de alunos, me escolheu para ser não apenas sua orientanda, mas principalmente, sua amiga. Existem pessoas que simplesmente passam por nossa vida. Outras têm o poder de chegar e aos poucos vão conquistando espaço, confiança e afeto e a esses chamamos de amigos. Mestre Frazão, muito obrigado por tudo!!
Certas experiências na vida vêm para que possamos ter a ventura de conhecer pessoas incríveis e aprender preciosas lições...

sábado, outubro 17, 2009

Origem

Não sei exatamente qual minha origem, apenas sinto que não pertenço a este mundo. Nele falta espaço para meus delírios, para minha sede de Vida. Meu corpo não comporta meu espírito, assim como meus sonhos não cabem em minha mente. O Meu coração é pequenino demais para suportar o Amor que vive em mim. A Alma do Mundo me estende os braços, clamando por ajuda, ansiando por meu trabalho. Aos poucos estou rompendo a casca do ego rumo à Consciência Universal. Meus interesses vão se transformando à medida em que o tempo passa; amo cada vez mais o silêncio, a benção da solidão. As multidões me causam incômodo e desequilíbrio. Vou me afastando naturalmente da vida comum para me integrar à Vida interna, à Realidade para além das aparências. Creio que se eu tivesse a oportunidade de retornar à origem nesse momento, voltaria de bom grado, mas o serviço me espera, os irmãos me esperam. Ainda há muito o que fazer, muito o que realizar e por isso ainda fico. Mas a vontade de partir me toma de assalto quando menos espero: deve ser a alma reclamando seu direito à liberdade, seu direito de viver em comunhão com o Todo...
Por isso sinto esse aperto no peito. Não sei se a minha alma quer unir-se ao Infinito ou se a Alma do Mundo quer entrar em meu coração...

"Human Nature" by The King of Pop

sexta-feira, outubro 16, 2009

TEACH ME AGAIN by Elisa feat. Tina Turner

Trilha Sonora do filme "Crianças Invisíveis"

Essência

Eu não queria um corpo. Queria apenas SER...
Expressar minha natureza real, sem amarras, sem desejos, sem aspirações. Queria poder viver para aquilo que SOU na realidade. Esse mundo é uma grande e insana ilusão: tudo o que verdadeiramente existe não está ao alcance dos sentidos. Quero desabrochar tal como uma flor, voar tal como um pássaro, nadar tal como um peixe e revelar a essência de que sou feita e a finalidade com a qual nasci neste mundo...

quinta-feira, outubro 15, 2009

Felicidade

Passei uma boa parte da vida buscando o Amor, buscando um companheiro com quem pudesse compartilhar o que acredito ser uma das mais sublimes experiências da existência humana. Ao longo desse tempo, porém, não tive a ventura de encontrá-lo (ou será que ele passou por mim e eu não percebi?),mas por outro ado, aprendi muito com as pessoas com as quais me relacionei. Como podemos acreditar que a felicidade virá de uma pessoa, de um bem material, de um lugar ou de qualquer outro fator externo? Por que acreditamos que somente depois de conseguirmos um emprego dos sonhos, o carro do ano, o título acadêmico, o par ideal, poderemos ser felizes?
Uma outra parte da vida passei acreditando que não era merecedora de viver um Amor, de ter alguém para compartilhar a vida e sofria bastante por isso. Mas sempre tive o saudável hábito de acreditar que todos os fatos que ocorrem na vida, sejam positivos ou negativos, trazem consigo aprendizados valiosíssimos. Dentre as descobertas que fiz, e que provavelmente é a mais libertadora, a mais reveladora e a que mais está viva em meu coração é sobre a felicidade, esse tão sonhado paraíso...
Aprendi que felicidade é uma atitude absolutamente interna, um estado de espírito. Aprendi com as amargas, porém instrutivas experiências da vida, que sou o único ser humano responsável por minha felicidade e que ninguém tem a obrigação de me fazer feliz ou de corresponder às minhas expectativas, preencher minhas frustrações, só porque eu quero ou só porque eu idealizo. Só eu posso saber o que minha alma reclama, o que meu coração deseja, o que quero da vida. Portanto, a única pessoa capaz de alacançá-la sou eu mesma. É, no mínimo, uma incoerência e um pouco de ingenuidade, deixar nas mãos de uma outra pessoa a responsabilidade pela minha felicidade...
E ainda existe uma outra descoberta, tão valiosa quanto a primeira: o Amor que existe em mim não ficou restringido e condicionado à uma só pessoa, minha alma é livre, serena e não sou atormentada pelo medo da perda, do abandono. O Amor que habita em mim é imparcial, me fez aprender a amar meu semelhante, a compreender suas dores, me trouxe uma perspectiva mais ampla, porque não estou com minha visão centrada no ego, nas dores que uma paixão provoca. Estou completamente integrada à família humana, independente de raça, credo, situação sócio-econômica ou cultural.
Quero viajar, conhecer novas culturas, novas pessoas, novas formas de me fazer feliz.
Que inquietude é esta que me aperta o peito? Minha alma quer fundir-se com o Infinito ou a Alma do Mundo quer invadir meu coração?