quinta-feira, março 22, 2012

Você já percebeu o quanto a existência tem dado a você? Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/2012/03/voce-ja-percebeu-o-quanto-existencia.html#ix





Perguntaram a Osho:

"Querido Osho,
como pode o mestre ajudar o discípulo a viver a religiosidade sem religião?"
Essa é a coisa mais simples do mundo.

O inverso é o mais difícil: é quase impossível ser religioso e fazer parte de uma religião organizada. Mas, apenas ser religioso, sem fazer parte de qualquer religião é a coisa mais simples.

Você tem que entender o que religiosidade significa para mim. Para mim, religiosidade significa uma gratidão para com a existência. Ela lhe deu tanto que não há como você reembolsá-la.

Ouvi contar...
Um homem ia cometer suicídio e um mestre estava sentado à beira do rio onde ele ia se jogar.

O mestre disse: ‘Espere um pouco! Espere! Você vai cometer suicídio?’

O homem disse, ‘Quem é você para me impedir?’

O mestre lhe disse, ‘Eu não estou impedindo você. Na verdade, eu gostaria de vê-lo cometendo suicídio, mas antes de fazê-lo, se você puder doar os seus dois olhos, porque o rei deste país ficou cego e os médicos disseram que se alguém puder doar-lhe os olhos, eles poderão ser transplantados e o rei poderá enxergar novamente. Mas tem que ser olhos de uma pessoa viva, não de um morto. E o que você quiser como recompensa, como prêmio, é só dizer e será seu. Assim, antes de suicidar, por que não fazer um pequeno negócio?’

O homem disse, ‘Quanto ele pagará?’
Ele já havia esquecido o suicídio. As pessoas estão sempre pensando em negócios.

O mestre disse, ‘O quanto você pedir, é só dizer.’

Ele disse, ‘Eu sou um pobre homem, não posso pedir muito. Dê-me uma sugestão. Eu vou cometer suicídio.’

Então o mestre disse, ‘Pense alto. Que tal, vinte mil rúpias?’

O homem disse, ‘Vinte mil rúpias? Meu Deus, eu nunca pensei que poderia ter vinte mil rúpias.’

Mas o mestre disse, ‘Você ainda pode pensar. Eu posso até mesmo dizer ao rei que você precisa de vinte milhões. Tudo depende de você, pois o rei quer os olhos e paga qualquer preço.’

O homem disse, ‘Vinte milhões? Mas então, por que eu deveria cometer suicídio?’

O mestre disse, ‘Isso é com você. Mas, viver uma vida sem os olhos, mesmo tendo vinte milhões de rúpias, não será muito agradável.’

Já estavam a caminho do palácio, quando o homem começou a dizer ao mestre, ‘Eu estou pensando outra coisa.’

Ele disse, ‘Que outra coisa? Você já subiu o seu preço de novo?’

Ele respondeu, ‘O preço não é a questão. Eu estou pensando: só por dois olhos, vinte milhões? E quanto às duas orelhas, o nariz, os dentes, todo o meu corpo? Qual o preço de todo o meu corpo?’

O mestre disse, ‘Você pode calcular, pois se são vinte milhões por apenas dois olhos...’

O homem disse, ‘Eu não vou vender. Eu vou para a minha casa.’ O mestre disse, ‘E quanto ao suicídio?’

Ele disse, ‘Eu pensava que você era um homem religioso. Você é um assassino! Você quer que eu cometa suicídio? Agora que pela primeira vez eu pude reconhecer o que a existência me deu, e eu não tive que pagar nem um tostão. Estes dois olhos que têm visto todo tipo de beleza, estas duas orelhas que têm ouvido todo tipo de música, esta vida que tem experienciado tanta coisa... E eu nada paguei por isto, nem mesmo disse muito obrigado. E o suicídio nada mais é que a última reclamação, a mais feia reclamação contra a existência: ela me deu tanto e eu estou destruindo tudo. Ao invés de estar agradecido, eu estou traindo. Não, eu não posso cometer suicídio e não posso vender os meus olhos, eles não têm preço. Você pode dizer isso ao rei. Nem mesmo por todo o seu reino eu não posso doar os meus olhos, mesmo sendo eu um mendigo.’

Você já percebeu o quanto a existência tem dado a você?

Não, você tem isso como certo, como se você tivesse feito por merecer, como se tivesse sido uma conquista sua.

Você não fez por merecer. Não foi algo que você conquistou. É um presente, é uma bênção, é simplesmente um ato de amor da existência ter-lhe dado tanto. E ela está pronta para lhe dar muito mais. Você é que não está pronto para receber.

Osho, em "The Osho Upanishad"
Tradução: Sw. Bodhi Champak
Fonte: Instituto Osho

quarta-feira, julho 20, 2011

A Malícia da Serpente



Toda pessoa que entra em minha vida, até que me prove em contrário, é digna da minha atenção, do meu carinho e do meu respeito. Mas quando sem motivo algum sou tratada com indiferença, decididamente me recuso a fazer o papel de pedinte da atenção alheia; não me permito atuar numa peça deprimente dessas. Primeiro, porque não dou a ninguém razões para isso; segundo, porque se uma pessoa sente-se no direito de me tratar com desprezo, sem ao menos ligar, enviar um torpedo, ou um sinal de fumaça, é a prova cabal de que tal ser humano não merece que eu me incomode tanto com ele. Definitivamente não nasci para mendigar, implorar ou sequer pedir atenção de quem quer que seja. Para estar comigo, tem que me querer e muito. Pois ninguém vale tanto à pena ao ponto de eu deixar de me querer. E tenho dito.

Bons Amigos, por Machado de Assis



"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas"!

segunda-feira, julho 18, 2011

Mandela Day



Hoje Madiba completa 93 anos de idade. A ONU proclamou o dia 18 de julho o Dia Internacional de Nelson Mandela. Como admiradora dessa figura ímpar na História da Humanidade, não poderia deixar a data passar em branco, sem lhe render minha humildde homenagem. Pensei em publicar um texto meu, mas me dei conta de que qualquer tentativa dessa natureza não seria capaz de corresponder à grandeza de sua Obra; a Vida de Madiba dispensa qualquer emenda, qualquer comentário. Por isso optei por reproduzir um excerto do livro "Nelson Mandela - Conversas Que Tive Comigo", que li recentemente:

"Você pode achar que a cela é o lugar ideal para aprendermos a nos conhecer, para se vasculhar realística e regularmente os processos da mente e dos sentimentos. Ao avaliarmos nosso progresso como indivíduos, tendemos a nos concentrar em fatores externos, como posição social, influência e popularidade, riqueza e nível de instrução. Certamente são dados importantes para se medir o sucesso nas questões materiais, e é perfeitamente compreensível que tantas pessoas se esforcem tanto para obter todos eles. Mas os fatores internos são ainda mais decisivos no julgamento do nosso desenvolvimento como seres humanos. Honestidade, sinceridade, simplicidade, humildade, generosidade pura, ausência de vaidade, disposição para ajudar os outros - qualidades facilmente alcançáveis por todo indivíduo - são os fundamentos da vida espiritual. O desenvolvimento de questões dessa natureza é inconcebível sem uma séria introspecção, sem o conhecimento de nós mesmos, de nossas fraquezas e nossos erros. Pelo menos - ainda que seja a única vantagem - a cela de uma prisão nos dá a oportunidade de examinarmos diariamente toda nossa conduta, de superarmos o mal e desenvolvermos o que há de bom em nós. A meditação diária,de uns quinze minutos antes de nos levantarmos, é muito produtiva nesse aspecto. A princípio, pode ser difícil identificar os aspectos negativos em sua vida, mas a décima tentativa pode trazer valiosas recompensas. Nunca se esqueça de que os santos são pecadores que continuam tentando."

(Nelson Rolihlahla Mandela, in: Carta a Winnie Mandela, na prisão de Kroonstad - datada de 1º de Fevereiro de 1975)

terça-feira, julho 05, 2011

Das Dificuldades em Desistir de uma Universidade Federal


Interessante como as coisas na vida mudam: interesses, sonhos, projetos e planos. Há 9 meses atrás, quando participei do Enem, estava disposta a realizar uma mudança radical em minha vida - isso incluía mudança de curso na faculdade, mudança de trabalho e até mudança de cidade, caso fosse necessário. Pois bem. E vai daí que o Enem possibilita a seleção pelo SISU - Sistema de Seleção Unificado, duas vezes ao ano, entre um semestre e outro, permitindo a inscrição em dois cursos em qualquer universidade federal do país. No primeiro semestre eu me inscrevi, porém não obtive sucesso, creio que pelo fato da concorrência ser maior.

E acontece que o segundo semestre chegou. E claro, que lá fui eu tentar novamente. Na primeira opção - Jornalismo, não obtive sucesso. É um curso hiper, mega concorrido, ainda mais na UFF; segunda opção: Letras, na Federal do Recôncavo da Bahia. Por que da Bahia, alguém deve está se perguntando. Sim, porque amo a Bahia, me identifico até à raiz do cabelo(literalmente!)com a Cultura e o modo de ser e viver do soteropolitano...

Mas continuando: sábado, 2 de julho, coincidentemente o dia em que a Bahia comemora sua Independência, saiu o resultado. Entrei no site e eis que meu nome figurava na lista de classificados, na 17ª posição, num total de 23 vagas. O susto foi tão grande, que fui tomada de assalto por uma enxaqueca insuportável, que durou por todo o sábado. Uma decisão muito difícil de se tomar, ainda mais com um prazo de matrícula tão curto. Hoje eu deveria estar em solo baiano, nessa cidadezinha aí da foto, porque o prazo começou hoje e termina amanhã...

E eis o eixo central da Crônica de hoje. Escolhi ficar. Ah, se esse resultado tivesse sido há seis meses atrás, no início do ano! Eu não havia começado a cursar Comunicação Social, portanto, não estaria completamente apaixonada pela área; há seis meses atrás, eu desejava mudar radicalmente a minha vida, queria descobrir novos horizontes, viver novas experiências e mudar de cidade seria uma ótima maneira de realizar esse intento. Há seis meses atrás, eu estava sozinha, descomprometida, livre, leve e solta; queria mudar de emprego, de casa.
Mas o Universo, esse Sábio infalível, respondeu aos meus anseios de forma inesperada e imprevisível. Me trouxe várias possibilidades de aprendizado e descobertas na faculdade; como consequência, minhas chances de trabalho aumentaram e novos projetos surgiram; conheci pessoas incríveis, profissionais sensacionais do ramo.
E o maior ganho de todos eles: o Amor pelo qual esperei durante toda a vida, finalmente se materializou. E sendo muito franca comigo mesma, percebi que não sou capaz de abrir mão dessas conquistas. Tomás me deu força, para ir, disse que eu não deveria perder uma chance dessas; insistiu para que eu fosse me matricular e na volta pensaria com mais calma. Mesmo assim, escolhi ficar. Penso que se eu fosse, poderia voltar ainda mais indecisa e confusa, e como boa taurina, sinto verdadeira aversão por dilemas. Escolhi ficar e arcar com todas as consequências da minha escolha. E sou muito feliz por isso.

quinta-feira, junho 23, 2011

Lídia Jackson - Avaliação da Disciplina CSC



Lídia nasceu em São Miguel Paulista, há doze anos. Aos cinco, quando assistiu pela primeira vez um víedo de Michael Jackson, se encantou e começou a ensaiar os passos que anos mais tarde se tornariam sua marca.
Os anos passaram e quando já contava oito anos, em apenas uma noite, assistindo e reassistindo um DVD, aprendeu a fazer o moonwalke, principal passo de dança do ídolo. Daí em diante, passou a fazer apresentações espontâneas em locais públicos. Nessa mesma época surgiu um concurso de covers do Rei do Pop e Lídia se inscreveu, concorrendo com vinte candidatos, todos homens, e foi a vencedora.
Foi a partir desse momento que começaram a surgir os convites para apresentações em festas particulares e alguns programas de tv em São Paulo. E assim passou a viver uma segunda vida, de artista mirim, conhecida e reconhecida entre a comunidade de fãs do astro pop, adotou o sobrenome Jackson como estratégia de divulgação do seu trabalho.
Em dezembro de 2010, uma crise na família obriga sua mãe a vir para o Rio de Janeiro recomeçar a vida. Sem parentes, sem amigos, sem lenço e sem documento. Atualmente Lídia e a família vivem no bairro Corte Oito, próximo ao Centro de Duque de Caxias, estuda em uma escola da Rede Municipal junto com o irmão, Matheus. Sua rotina de apresentações não foi alterada, pelo contrário, segundo sua mãe, Rosana, o Rio é muito melhor que São Paulo em termos de reconhecimento do trabalho de Lídia.

terça-feira, junho 21, 2011

Das Diferenças entre Religião e Espiritualidade



"A religião não é apenas uma, são centenas;
A Espiritualidade é apenas uma.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer; querem ser guiados;
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua voz interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas;
A Espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta;
A Espiritualidade lhe dá paz interior.
A religião fala de pecado e de culpa;
A Espiritualidade lhe diz "aprende com o erro".
A religião reprime tudo;
A Espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é deus;
A Espiritualidade é TUDO, portanto, é DEUS.
A religião inventa;
A Espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona;
A Espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras;
A Espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões;
A Esíritualidade é causa de União.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado;
A Espiritualidade busca o Sagrado em Todos os livros.
A religião se alimenta do medo;
A Espiritualidade se fortalece na confiança e na fé.
A religião nos faz renunciar ao mundo;
A Espiritualidade nos faz viver em Deus.
A religião é adoração;
A Espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e o paraíso;
A Espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso Aqui e Agora.
A religião enclausura nossa memória;
A Espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna;
A Espiritualidade nos faz Conscientes da Vida Eterna.
A religião promete para depois da morte;
A Espiritualidade é encontrar Deus em nosso Interior durante a Vida."

(Autor Desconhecido, publicado originalmente no Jornal Prana - Ed. Junho/2011)

sábado, junho 18, 2011

Frisson


Meu coração pulou
Você chegou, me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: que bom...
Parece, enfim acordei
Pra renovar meu ser
Faltava mesmo chegar você
Assim sem me avisar
Pra acelerar...

Um coração que já bate pouco
De tanto procurar por outro
Anda cansado
Mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação
Solidão nunca mais

Você caiu do céu
Um anjo lindo que apareceu
Com olhos de cristal
Me enfeitiçou
Eu nunca vi nada igual

De repente...
Você surgiu na minha frente
Luz cintilante
Estrela em forma de gente
Invasora do planeta amor
Você me conquistou
Me olha, me toca, me faz sentir
Que é hora, agora, da gente ir