quinta-feira, janeiro 21, 2010

Unidade



Será que existe sentimento mais pleno que sentir-se conectada com o Todo?
Será que existe sensação mais profunda que o sentimento de unidade?
A Vida está me ensinando que felicidade é um estado mental.
O Paraíso existe aqui e agora.
Obrigada Deus, Obrigada Antepassados, Obrigada Pai, Obrigada Mãe. Obrigada Mestre!

quarta-feira, janeiro 13, 2010

"Avatar"



Eu gostaria de escrever uma resenha à altura do filme, mas não estou em condições. Se estivesse, diria que em termos de tecnologia o filme é um verdadeiro banquete para os olhos. Não assisti a versão em 3D, mas certamente o banquete nessa versão é mais tentador ainda. Se eu fosse escrever uma resenha, diria que o que mais me agradou foi o roteiro. Prima por uma sensibilidade sem cair na apelação. "Avatar" trata de temas atuais, faz referências ao mundo real e à dita raça humana. "O povo do céu", como os habitantes "Navi" de Pandora chamam os humanos, pode bem ser uma alusão ao Cristianismo ou a qualquer religião que pretenda decidir quem tem ou não direito de ir para o céu. A invasão de Pandora pelos humanos e a cultura dizimada do povo "Navi" me fizeram pensar em como nossos nativos aqui do Brasil, os Maias, Incas e Astecas na América Latina e os povos da África se sentiram quando sofreram esse tipo de violência; também pensei no imperialismo dos EUA e nas invasões empreendidas por eles: Vietnã, Iraque...
Pensei que nossos índios ainda não se libertaram do colonialismo: muitos povos indígenas ainda vivem em guerra com os grandes fazendeiros pelo único bem que necessitam para sobreviver - a terra. Se eu fosse escrever uma resenha à altura do filme, diria que ele está cheio de referências da Sabedoria Oriental, passando pelo Budismo, Taoísmo, Hinduísmo e Xintoísmo; passou também pelo Xamanismo, que é a religião mais antiga que se tem registro. O respeito pela Vida em todas as suas formas, o respeito pelo coletivo, pela harmonia do Todo. E James Cameron ainda conseguiu aliar tudo isso à uma história de amor entre seres de espécies diferentes, mas de uma forma tão leve, tão singela...
"Avatar" fala sobre a necessidade de realizarmos uma ecologia humana, da necessidade eminente e urgente de curarmos nossas insanidades, de reformar o eu, de restaurar o humano em nós. É disso que depende a permanência do ser humano no planeta Terra. Se eu fosse escrever uma resenha à altura do filme, diria que ele me deixou com vergonha de pertencer à espécie humana. Mas não estou em condições de escrever, porque acabei de assistir ao filme e estou completamente baqueada.



"Avatar" é uma manifestação corporal de um ser imortal segundo a religião hindu, por vezes até do Ser Supremo. Deriva do sânscrito Avatāra, que significa "descida", normalmente denotando uma das encarnações de Vishnu (tais como Krishna), que muitos hinduístas reverenciam como divindade.
Muitos não-hindus, por extensão, usam o termo para denotar as encarnações de divindades em outras religiões.

A palavra "Avatar" se tornou popular entre os meios de comunicação e informática devido às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua "impersonalização" no interior das máquinas e telas de computador.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Fantasmas



Foi uma semana difícil, essa. Um sentimento sombrio me invadiu, fui tomada por uma tristeza não sei pelo quê, nem por quem, nem por onde veio. "Não sei, só sei que foi assim". Acabei somatizando: dores pelo corpo, uma vontade irresistível de ficar na cama, febre e uma enxaqueca enlouquecedora. Tudo isso em um único dia. No dia seguinte a febre cedeu, as dores se dissiparam, mas veio uma queimação no estômago e a maldita da enxaqueca aqui, firme e forte, zombando de mim.
Não consegui ir trabalhar na sexta...
Não sou afeita a dores, mal estar, essas coisas que boa parte das pessoas têm. Sou difícil até de contrair resfriado, mas essa semana estive realmente derrubada. Meus fantasmas resolveram sair do porão e fizeram um motim:arrombaram as portas da sala de estar e invadiram. Não tive forças para conter a invasão, venceram os infelizes. Lei da sobrevivência das espécies. Senti medo, aperto no peito, solidão acompanhada de angústia...
Não tive filhos, nem sei se ainda tenho chance de tê-los; não tenho namorado ou coisa que o valha. Resta-me meu trabalho. A única coisa que considero realmente minha nesse mundo. Não é meramente minha fonte de renda ou sobrevivência, é literalmente minha vida, minha terapia, a atividade pela qual me realizo como ser humano. É ele que me possibilita evoluir, agregar valores, criar, projetar, realizar ideias. Eles me fazem sentir forte e autoconfiante, com o senso de capacidade à flor da pele. Me sinto útil, produtiva e independente. Mas não tem sido assim nos últimos meses. Meu trabalho é uma extensão de mim e se ele não vai bem, é certo que mais dia, menos dia, eu também entre em declínio. E foi assim que os fantasmas conseguiram sucesso na invasão. Mas sempre acredito que a hora mais escura da noite é justamente aquela em que está mais próximo o amanhecer, eis que ontem recebi um e-mail me convocando para uma entrevista. Entrei em contato e agendei para amanhã. Estou confiante, porque simplesmente acredito que posso. Que venham as mudanças!

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Gula


O que quero da vida? Vivê-la em cada vão do tempo, senti-la em cada poro, em cada suspiro, em cada piscar de olhos, em cada pulsar do meu coração. Quero beber a vida de uma só vez, num só gole. Sou megalômana, sedenta e faminta. Que a lucidez fique para os anoréxicos de felicidade.

domingo, janeiro 03, 2010

A Coerência é burra


As festas passaram, finalmente. É, finalmente passaram! Ele não gosta do dia do aniversário e nessa última semana fui obrigada a admitir para mim mesma que eu não suporto as festividades Noelescas. E eu que não o entendia, com sua aversão pela data do seu nascimento, agora me vejo aqui, com a mesma aversão, só que pelas festas de Dezembro...
Foi sempre assim. Em priscas eras o repúdio era mais leve e mais brando, eu conseguia até me divertir, me distrair com a euforia dos outros, mas nunca cheguei a me contagiar. Se é pela enorme quantidade de fatos desagradáveis ocorridos nessa época do ano em tempos da infância ou se é pela simples passagem do tempo, da idade chegando, ou se pelas duas razões, sinceramente não sei. Tudo o que sei é que quando Dezembro chega, fico torcendo para que ele termine, para que o tempo voe e Janeiro chegue logo.
Por que será que a hipocrisia nessa época do ano aumenta? Muitas pessoas vestem seus personagens, utilizam de gentileza, respeito e amor ao próximo, e durante o decorrer do ano sequer sabem o siginificado dessas atitudes. Acaso valores têm prazo de validade ou existe um decreto ou uma lei que obriguem a praticarmos essas atitudes em data determinada?
Não vivo em função de ser ou não aceita; não sinto necessidade de seguir paradigmas, de ser mais uma em meio à multidão; não sou obrigada a carregar um saquinho de sorrisos pré-fabricados para usá-los de acordo com a conveniência. A coerência é burra, míope e muito, muito entediante.