quarta-feira, setembro 30, 2009

Missão cumprida

Finalmente a Conferência do Departamento Feminino se concretizou. Tudo correu na mais perfeita ordem e harmonia, toda a equipe trabalhou em sintonia, tudo ótimo!!
Para ser sincera, ainda não consigi acreditar. Depois de cinco anos participando do Movimento de Iluminação da Humanidade, consegui planejar e realizar um evento. O melhor de tudo é saber que de alguma forma estou contribuindo para que algumas famílias tenham a harmonia do lar restabelecidas, mulheres reconciliadas com seus maridos, com a auto-estima resgatada...
A felicidade que estou sentindo por ser útil àquelas mulheres que participaram do evento é simplesmente impagável. Estou muito satisfeita com o resultado porque ele mostra que eu e a equipe estamos com nossas mentes em harmonia, que somos capazes; me mostra também que possuo capacidade de liderar e agregar pessoas, de atrair colaboradores. Esse evento foi importantíssimo para o a união do grupo e para o fortalecimento da autoconfiança de todas.
Fomos todos muito elogiados, o trabalho do Departamento Feminino foi amplamente reconhecido pela Diretora Nacional e com isso,finalmente conquistamos credibilidade e respeito. Daqui para frente nossas sugestões e opiniões serão ouvidas.
Já não era sem tempo...
Agora é trabalhar e muito para o Seminário da Luz, preparar a reunião do Grupo Salve o Mundo e minha apresentação no Seminário do CNPq.
Haja fôlego! Mas quem disse que tenho que escolher? Sei fazer tudo. Sou mulher...

terça-feira, setembro 22, 2009

Trabalho, propriedade e pobreza

"Nunca ninguém disse que uma miséria opressora leve à outra coisa que não à degradação moral. Todo ser humano tem o direito de viver, e portanto, de encontrar o necessário para alimentar-se, vestir-se e habitar. Para essa incumbência tão simples não precisamos da ajuda dos economistas e de suas leis.
'Não se preocupem com o amanhã' é um conselho que se encontra em quase todas as Sagradas Escrituras do mundo. A garantia dos meios de subsistência deveria ser, e resulta que é, a coisa mais fácil do mundo numa sociedade bem ordenada. Na verdade, a prova de boa ordem num país não é dada pelo número de milionários que tem, mas pela ausência de fome entre as massas".

(Mahatma Gandhi)

domingo, setembro 20, 2009

Sinfonia Universal

Minha vida tem sido uma permanente busca pela Verdade. Não consigo enxergar sentido algum em vivê-la somente em proveito próprio, sem me preocupar com as crianças, os doentes e os pobres. Simplesmente não consigo passar pela vida alheia aos que sofrem. Nenhum ser humano vem ao mundo para passar por privação, dor ou carência. Nenhum ser humano nasce condenado.
Se eu não me identificar com a humanidade, que direito tenho de me considerar humana? Se eu não for capaz de sentir a dor do meu semelhante, como posso me considerar pessoa sã? Se eu não tiver a capacidade de manifestar misericórdia, como posso me considerar um ser racional? Posto que a humanidade é intrinsecamente um todo indivisível, enquanto existirem pessoas algemadas pelo sofrimento, não tenho o direito de falar em liberdade.
Que minha Vida seja instrumento da Criação, e que através de mim seja executada a sublime sinfonia do Universo e que eu possa oferecer à raça humana melodias harmônicas capazes de curar suas dores...

terça-feira, setembro 15, 2009

Amor Sincero

Fatos tristes não se originam do mundo exterior. Eles ocorrem quando não temos capacidade de manifestar Amor sincero. Não há quem não tenha Amor sincero no recôndito da alma. Apenas acontece que, na maioria das vezes, as pessoas não o manifestam, por vergonha, por acreditar que seja piegas ou simplesmente porque não lhe ensinaram a manifestá-lo. Manifestar Amor sincero implica em praticar o bem, vivificando o agora. Quando o ser humano for capaz de manifestar Amor sincero em todos os atos, este mundo se transformará em paraíso.

domingo, setembro 13, 2009

Gone Too Soon

Nos conhecemos ainda crianças, no primário, ambos com doze anos. Concluímos o ensino fundamental juntos, mudamos para a mesma escola, concluímos o ensino médio. Numa tarde da década de 90, encontrei sua mãe na rua, que quando me viu, simplesmente caiu em prantos. Eu, sem saber o que fazer, só pude abraçá-la e tentar confortá-la. Foi quando ela me deu a notícia: você havia contraído o HIV e tornara-se mais uma estatística. A princípio fiquei surpresa, mas eu não podia pensar nisso, pois precisava dar forças à sua mãe. Então eu a acalmei e disse que ser soropositivo não era sentença de morte, que haviam remédios, tratamentos, enfim, que você poderia levar uma vida quase normal...
Por essa época já contávamos vinte anos. Nos tornamos adultos, os anos passaram, mas a amizade não. Quando você resolveu sair de casa me deu seus contatos e toda vez que trocava de endereço me avisava. Nunca nos abandonamos, nunca nos perdemos. Essas afinidades foram percebidas ainda na infância, pela forma como sentimos, percebemos e encaramos o mundo, as pessoas, a vida. Sempre senti você como um irmão que a genética não me ofereceu, mas que a vida generosamente me presenteou. E acredito também que você sentia o mesmo. Durante vinte anos fomos amigos, irmãos, confidentes, companheiros da vida. Talvez eu nunca mais tenha um amigo como você, que me fizesse sentir tão à vontade, com quem eu podia falar sobre qualquer assunto, porque assim como eu, não trazia preconceitos arraigados nem no coração, nem na alma. Há uns dois ou três anos atrás veio a cegueira. E você, o que fez? Simplesmente sorriu para a vida e encarou a pedreira, com tamanha coragem, com tamanha vontade de viver, que faria inveja a qualquer suicida, qualquer depressivo. Você prestou vestibular para Letras (até o curso escolhemos o mesmo), foi aprovado e simplesmente foi o primeiro portador de deficiência visual a estudar naquela universidade; simplesmente apresentou um programa de computador especialmente desenvolvido para deficientes visuais, assim como conquistou respeito e admiração de colegas, professores, funcionários. E o que dizer da família e dos amigos?
Nunca a cegueira dos olhos foi desculpa para cegar-lhe a alma. Você fez curso de massoterapia e tornou-se um dos profissionais mais respeitados da área. Dessa vez a vida nos colocou na mesma profissão, comprovando assim, que somos mesmo irmãos de coração. Trabalhou num projeto social, prestando atendimento às senhoras da terceira idade. Em julho passado você concluiu a faculdade e pretendíamos trabalhar juntos num projeto de educação de jovens e adultos, se não fosse o fato da doença ter agravado seu estado de saúde, pois há um ano, os remédios não faziam mais efeito e tentava adaptar-se a outros medicamentos, sem sucesso.
Hoje completa um mês que partiu, retornando à origem, à pátria para onde todos nós iremos um dia. Com apenas trinta e dois anos, tenho certeza de que você viveu cem, duzentos anos. As experiências pelas quais passou e viveu, foram grandes lições, sem dúvida alguma. Mas em meu coração trago a certeza de que você está em um lugar merecido, uma vez que soube fazer de sua vida um belo, sublime e verdadeiro espetáculo. Deixa muitas saudades, é certo, mas principalmente, a lição de que limitações físicas não são desculpas para limitações da alma; a lição de que o espírito, quando forte, quando não se permite envenenar pelas agruras do mundo, é capaz de sobrepujar e vencer a matéria. Você comprovou, mais uma vez, que a Mente humana é responsável por nossas escolhas, portanto, somos nós os roteiristas do nosso destino. Nosso destino é moldado pela nossa mente, pelas escolhas que fazemos.
Você fez a diferença neste mundo porque soube fazer da sua vida o palco de expressão da Verdade, do Bem e do Belo.
A você, Alexander, meu amigo, irmão, confidente, companheiro, meu muito obrigado, por trazer Luz à minha vida e por nessa passagem pela Terra ter tido a chance de ser parte da sua.
Você partiu e nem sequer soube que eu tinha conhecimento da doença. Que diferença isso faria?
Como dia letra da canção:
"não é preciso ter conta sanguínea,
é preciso ter sempre
um pouco mais de sintonia,
família..."

sábado, setembro 12, 2009

Desapego

Hoje completa um mês. Um mês que você resolveu ficar. Quando eu já havia desistido, quando eu já nem sequer pensava mais em coisas de relacionamento, você ressurgiu das cinzas. Logo você, que nunca botei fé, que nunca levei a sério. Hoje estive pensando em como certas coisas acontecem na vida: será que é mesmo você a pessoa com quem vou acertar, construir? É simplesmente intrigante o fato de nos conhecermos há 20 anos e de que ao longo desse tempo a vida nos afastou e nos aproximou por diversas vezes...
Deixemos que o tempo se encarregue das respostas. Eu, por enquanto, não pretendo pensar sobre isso. Só quero viver o que a Vida me trouxer. Se me fizer bem, vou procurar retribuí-la pelo presente, pela dádiva. Se não fizer,trato logo de arrancar o mal pela raiz, pois não tenho mais a paciência nem o medo da solidão que assola a maioria das minhas colegas do sexo feminino. Afinal, cinco anos sozinha foram mais que suficientes para aprender a lidar com ela, me conhecer melhor e principalmente, me sentir mais segura. Se me quer bem e me faz bem, eu vo-lo faço; se não, vo-lo expulso. Simples assim.
Que a espera valha à pena; que esse tempo de dupla jornada de trabalho passe rápido, muito rápido, pois quero poder desfrutar de sua companhia com mais frequência, por períodos mais longos...
Que seja eterno enquanto dure, enquanto são, enquanto recíproco.